Sábado, 25 de junho, Palácio Foz
com Mariana Gurkova, Mariana Todorova e Concerto Moderno, sob a direcção de César Viana.
Mariana Gurkova
A “grande sensibilidade artística” e “técnica impecável”, unidos a “um som fluido e comunicativo” – nas palavras dos críticos – levaram esta pianista espanhola de origem búlgara a tocar nas mais prestigiadas salas de todo o mundo.
Começou a estudar piano aos 5 anos em Sofia, a sua cidade natal, e aos 10 anos fez o seu primeiro recital e aos 11 estreia-se com orquestra, com o Concerto n.º 1 de Félix Mendelssohn.
Após concluir os seus estudos no Instituto de Música de Sofia, ingressou no Conservatório Superior Nacional da Bulgária, sob a direção de Bogomil Starshenov. Fez ainda cursos de aperfeiçoamento com Hans Graf, Lev Vlasenco, Leon Fleisher e Paul Badura-Skoda. Reside em Madrid desde 1988, onde estudou no Real Conservatório Superior de Música com Joaquín Soriano, seu professor e mentor.
Mariana Gurkova foi premiada em numerosas ocasiões. Destacam-se os primeiros prémios nos concursos internacionais Jacinto Guerrero (Madrid), Senigalia (Itália), e no panorama nacional Sv. Obretenov e Juventudes Musicais da Bulgária. Ficou em segundo lugar nos concursos Ettore Pozzoli de Seregno (Itália) e no Concurso Jaén (Espanha); em terceiro nos concursos Paloma O’Shea de Santander e José Iturbi de Valência. Foi ainda premiada com o quarto lugar no Concurso Mundial de Cincinatti, nos Estados Unidos. O seu gosto pela música espanhola foi recompensado com os prémios de Melhor Interpretação em Santander e no concurso José Iturbi.
Apresentou-se em concerto nas mais prestigiadas salas de Espanha – Auditório Nacional, Palau de la Música de Valência, Palácio de Festivais da Cantábria, Auditório de Zaragoza, Auditório de Murcia – e tocou em países como Bulgária, França, Itália, Alemanha, Grécia, Checoslováquia, Estados Unidos, Brasil, México, Índia, Japão, Austrália e África do Sul. Gravou para estações de televisão e rádio como RAI, RTVE, Radio Melbourne, Radio Yokohama e RTV da Bulgária.
Tocou com as seguintes orquestras: Filarmónica de Kiev, New Japan Phikarmonic, Wienerkammerorchester, Orquestra Sinfónica da RTVE, Orquestra de Câmara de Praga, Orquestra Rubistein da Polónia, Orquestra Filarmónica de Sofia, Orquestra Sinfónica da Rádio de Pilsen, Orquestra Sinfónica da RAI-Milão, Filarmónica da Morávia, Filarmónica de Timisoara, Orquestra Sinfónica de Valência, Orquestra de Câmara do Ermitage, Orquestra Andrés Segovia, e as demais orquestras búlgaras.
Foi dirigida pelos maestros S. Comisiona, Ph. Entremont, R. Stankovski, G. Kostin, A. Rahbari, E. García Asensio, M. Galduf, A. Soriano, T. Mikelsen, A. Natanek, E. Bauer e G. Pehlivanian.
A sua interpretação e gravação integral dos Estudos de Chopin mereceu os maiores elogios da crítica e do público.
Mariana Todorova
Concertino da Orquestra Sinfónica RTVE desde 1997, nasceu em Varna (Bulgária) e começou os seus estudos no violino aos 5 anos com S.Furnadjieva. Aos catorze ganhou o primeiro prémio no concurso nacional S.Obretenov e no concurso internacional Kocian na Checoslováquia. Ganhou também o Prémio Cultural da Cidade de Varna e o primeiro lugar do Concurso de Música de Câmara Zlatana Diana em Pleven. Prosseguiu os seus estudos no Real Conservatório Superior de Madrid com Víctor Martín até 1995, ano em que concluiu a sua formação de Violino com o Prémio Extraordinário de Fim de Curso. Ainda nesse ano, foi galardoada com o Prémio Sarasate, atribuído pela Fundação Loewe e tocou com um violino Stradivarius do compositor. Mariana Todorova participou em masterclasses de Mincho Minchev, Ifrah Neaman, Isabel Vilá, Lorand Fenives, Clara Flieder, Mauricio Fuks, Ruggiero Ricci, Ferenc Rados e Walter Levin.
Apresentou-se como solista com diversas orquestras e com os maestros Dafov, Kolarov, Keradjiev, Izquierdo, Fournet, García Asensio, Andreescu, Leaper, Encinar, Noseda, Ros Marbá, Pírfano, Mancini, Kalmar, Tamayo, em que interpretou obras para violino e orquestra como o Concerto n.º 2 de Béla Bartók, Miklós Rózsa, Korngold, a Fantasia Escocesa de Max Bruch, Tchaikovsky, Samuel Barber, o Duplo Concerto de Brahms, Mendelssohn, Cadencias de Antón García Abril, os concertos e a Sinfonia Concertante de Mozart, entre tantas outras obras e compositores. O seu reportório vai desde o período Barroco até à música contemporânea e inclui estreias e obras que lhe foram dedicadas por compositores como Bustamante, Cueva, Ruiz Pipó, Pilar Jurado, Greco, Torres, Taverna-Bech, Mosquera, Cervelló, Gerardo Gombau ou García Abril.
Em 2000 estreou, em conjunto com a Orquestra Sinfónica de Gran Canária, o Concerto Ardor de José Luis Greco, que lhe foi dedicado. Este mesmo concerto foi gravado em cd para a ASF e considerado “disco excecional do mês” pela revista Scherzo (Dezembro 2003) e “editor’s choice” para a revista Gramophone (Outubro 2003).
Realizou diversas gravações para a TVE, Canal Clásico, Radio Clásica e para a editora RTVE. Em 2011 gravou o poema sinfónico Amanecer de Gerardo Gombau para violino e orquestra, para a editora Verso. É presença assídua nas principais salas, Festivais e Ciclos de Concertos em Espanha. Colabora regularmente como concertino convidado na Real Filarmonía de Galicia.
Com o seu trio Modus, estreou em Espanha a peça Divertimento para trío de cuerda y orquesta de Jean Françaix, numa colaboração com a Orquesta de la Comunidad de Madrid e José Ramon Encinar. Em 2009 apresentou-se em concerto com quarteto no Palácio Real, com os Stradivarius da coleção palatina.
Desenvolve também uma intensa atividade pedagógica, com masterclasses em cursos de verão e no Centro de Enseñanza Musical Katarina Gurska.
Toca com um violino Joseph Ceruti de 1844.